domingo, 18 de agosto de 2013

Ein Prosit!

Uma carioca e uma gaúcha: Caroline Bastos, parceira de bier e Dirndl, nós enganamos bem de "alemãs"!

Quando se chega em Munique pela primeira vez, uma das tantas coisas que as pessoas lhe perguntam é se você já esteve em uma Oktoberfest. A festa típica alemã, que também nos é conhecida no Sul do Brasil, nas cidades de Igrejinha, Santa Cruz do Sul e Blumenau com peculiaridades culturais diferentes, acontece também em menores proporções em diversas cidades da Alemanha, antes da grande festa de 21 de setembro a 6 de outubro na Theresienwiese, um parque propício no coração da cidade. Este, por exemplo, é o último final de semana da Volksfest Dachau, uma mini Oktoberfest, um pequeno aperitivo do que virá em outubro. E eu precisava desse tira gosto!

Divulgação: Stadt Dachau/Dachauer Volksfest

O sacrifíc...ops, a preparação

Como uma das primeiras dicas que recebi para a Oktoberfest foi "Compre um Dirndl, você se divertirá muito mais", eu não pensei duas vezes. O Dirndl é vestimenta típica usada pelas mulheres na  Baviera, Liechtenstein, Áustria, e Tirol do Sul e a maioria das pessoas vai à festa, trajada. Assim como a nossa história gaúcha com os vestidos de prenda, as roupas femininas são baseadas nas vestimentas das camponesas alpinas. Geralmente são feitos, pintados a mão e sob medida, por isso custam um abacaxi! Vão de 100, 200, 500 a 1.000 Euros, só o vestido! O traje completo é o vestido, a blusa, uma saia, para se usar por baixo do vestido e o avental. O meu, eu comprei completo em um lugar tradicional, com preço acessível. Se usa no dia-a-dia, mas principalmente em festas formais, tradicionais. Levei 15 minutos para fechar o vestido que tem como princípio ser um corpete, apertar tudo mesmo e empurrar até os seios que não temos, cara leitora, para cima! Ao conseguir, o alívio foi tão grande, que não parei de rir e me obriguei a fazer o registro.



A minha saída de casa, ontem ao final da tarde já foi divertida, afinal eu uso a bicicleta para ir a todos os lugares. E faz parte da minha rotina, ir de magrela todas as manhãs até a estacão e por fim, pegar meu trem para o centro de Munique. Pois o trajeto ontem foi só risadas, afinal a camponesa não tinha carroça, nem cavalo, mas uma alumínio anos 70!




No trem, a gurizada de roupa típica, já bebia. Uns sentados pelo chão outros no colo. Jamais se preocupe em se perder ou não encontrar a localização de uma festa típica alemã. Apenas siga o fluxo e os trajes! A Volksfest fica há poucos metros da estação de trem de Dachau, por isso fomos à pé. Imagine uma enorme tenda repleta de mesas compridas e bancos de madeira, um palco com uma big band alemã e a Maßbier, a cerveja de um litro vendida no caneco, com o bom preço de 5 euros e 30. O valor é acessível pois saiba que na Oktoberfest, esse ano, cobrarão 10 euros! Além de estandes com produtos locais, há um pequeno parque de diversões, comidas típicas! Tudo isso faz com que a gente se sinta naquelas festas do Interior, lá no Rio Grande do sul! Ô, saudade..
Divulgação: Stadt Dachau/Dachauer Volksfest

O resultado



Embora um sapato rasgado, na saída do banheiro (não me pergunte como foi isso, porque não recordo muito bem. Uma pedra?), e um botão descosturado, eu voltei para casa bem e me equilibrando na magrela. Cheguei sã e salva. A festa acabou às 23h, mas a minha noite foi longa, com chazinho e dorflex. Beber e não tomar água dá nisso: uma dor de cabeça, mas diversão garantida! O pouquinho do que é uma Volksfest você confere apertando o play aí embaixo. Divirta-se!